Estrela cadente
brilhante no céu
passou rápido
bateu na lua
e foi pro beleléu
sexta-feira, 29 de junho de 2012
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Poema metalinguístico
Dia desses
fiquei tão
só (-zinho
-litário
-ldado)
As palavras
- fato nunca antes
de todo demonstrado -
silenciaram no tempo:
no canto do olho
no ponteiro do relógio
feito dente do ciso
piscadela por cisco;
Não sendo o que foi para ser
mas sim o que não era,
sumiram-se os sonhos
em estrelas
quasares
cadentes, fios de lã
caixas de agulha, teares
e minhas poucas orquídeas
com pétalas rosadas
de quem sabe tal (vez) ser poeta
em remadas sem rumo
sozinhas secaram
fiquei tão
só (-zinho
-litário
-ldado)
As palavras
- fato nunca antes
de todo demonstrado -
silenciaram no tempo:
no canto do olho
no ponteiro do relógio
feito dente do ciso
piscadela por cisco;
Não sendo o que foi para ser
mas sim o que não era,
sumiram-se os sonhos
em estrelas
quasares
cadentes, fios de lã
caixas de agulha, teares
e minhas poucas orquídeas
com pétalas rosadas
de quem sabe tal (vez) ser poeta
em remadas sem rumo
sozinhas secaram
quinta-feira, 21 de junho de 2012
domingo, 17 de junho de 2012
Festa Junina
Foi-se a noite tão bonita
Talvez a mais
dessa minha junina
vida.
Ainda lembro daqueles
estralitos de biribinha
(ou eram de pipoca?)
tilintando totais tamanicos
sozinhos, nos escombros dos
ouvidos.
Talvez a mais
dessa minha junina
vida.
Ainda lembro daqueles
estralitos de biribinha
(ou eram de pipoca?)
tilintando totais tamanicos
sozinhos, nos escombros dos
ouvidos.
Não bastasse esse amor
que junho tem de sobra
vi ao redor de mim
– dessa minha humilde sombra –
um punhado de amizades
das mais distintas
(sempre entretanto lindas)
fazer uma roda
cantarolar e girar
como se a cidade fosse nossa
e aquela estrela no meio da rua
jamais parasse de brilhar
que junho tem de sobra
vi ao redor de mim
– dessa minha humilde sombra –
um punhado de amizades
das mais distintas
(sempre entretanto lindas)
fazer uma roda
cantarolar e girar
como se a cidade fosse nossa
e aquela estrela no meio da rua
jamais parasse de brilhar
terça-feira, 12 de junho de 2012
Aqueles dois
De tudo que
te sinto
cada qual arrepio
abajur cala-frio
vem de longe
esse sentimento
que não
se vende,
já que só se vê
nesses nossos (abraços
coloridos
amarelos de aquarela).
Mas bem sei, somente que
o nosso amor destrambelhado
de meias verdades
– pouco a pouco feitas inteiras –
desnuda de uma ternura
fora da gramatica
mas de
poética conjuntura
te sinto
cada qual arrepio
abajur cala-frio
vem de longe
esse sentimento
que não
se vende,
já que só se vê
nesses nossos (abraços
coloridos
amarelos de aquarela).
Mas bem sei, somente que
o nosso amor destrambelhado
de meias verdades
– pouco a pouco feitas inteiras –
desnuda de uma ternura
fora da gramatica
mas de
poética conjuntura
domingo, 10 de junho de 2012
Amado
De todas as cores
e todos os santos.
a Bahia
radiante alegre
com seus capitães aquarelados
cor de praia e mar.
nunca faz de entristecer
Já que tem o homem
que ama
até mesmo
pelo nome.
que jamais
há de rasurar
as entrelinhas
da terra
soteropolitana
quase albina
amarela escura
de acarajé
cuscuz
cadomblé
e todos os santos.
a Bahia
radiante alegre
com seus capitães aquarelados
cor de praia e mar.
nunca faz de entristecer
Já que tem o homem
que ama
até mesmo
pelo nome.
que jamais
há de rasurar
as entrelinhas
da terra
soteropolitana
quase albina
amarela escura
de acarajé
cuscuz
cadomblé
Pois bem se sabe
nessa sua vereda
varanda de carnaval:
nessa sua vereda
varanda de carnaval:
“o que vale é o amor.
O resto é tudo pinóia”
domingo, 3 de junho de 2012
Dores
Bandeirolas giram
um dia há de ir embora
nas ondas
no ritmo dissoluto
em Pasárgada.
na cinza das horas
sob a malemolência do
Capibaribe.
Uma estrela nova.
nova, de tal brilho moderna
lira, livre, libertina
surge
na manhã do Recife.
Capibaribe.
Uma estrela nova.
nova, de tal brilho moderna
lira, livre, libertina
surge
na manhã do Recife.
Mas não há saúde em demasia
no brilho de óculos engarrafados
nos olhos de boa miopia
nas mãos do poeta
nos dentes arquitetônicos
espaçados
no brilho de óculos engarrafados
nos olhos de boa miopia
nas mãos do poeta
nos dentes arquitetônicos
espaçados
Porque o coração
esqueceu o dom do amar
naquele espaço torácico
pneumônico
pneumo-torácico
de andorinha
batendo assas
em cantarolar
esqueceu o dom do amar
naquele espaço torácico
pneumônico
pneumo-torácico
de andorinha
batendo assas
em cantarolar
sozinha sozinha sozinha
São gotas de orvalho:
no átrio esquerdo
no bronquíolo direito
de completo a
triste dor umedecida
tobércula, no peito.
no átrio esquerdo
no bronquíolo direito
de completo a
triste dor umedecida
tobércula, no peito.
Mas quem sabe
a dor de uma vida inteira
o amor que fitou Teresa
a carinho dado a preta Irene
O boi morto desesperado na enchente
a doença
o sonho presente.
a dor de uma vida inteira
o amor que fitou Teresa
a carinho dado a preta Irene
O boi morto desesperado na enchente
a doença
o sonho presente.
um dia há de ir embora
nas ondas
no ritmo dissoluto
em Pasárgada.
na cinza das horas
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Ciranda
No mais tardar
atrás de alegrias:
cantos contos poemas e pomares.
Como borboleta
no bater asas
como desmorrer de bebê nascido
como se vivesse
o sonho da noite seguinte. E visse
tudo sim,
ainda que não sendo
uma menina no parquinho
– pititica dentro de vestido xadrez
e chuquinha no cabelo –
vai brincando
de como se imagina
ser feliz
atrás de alegrias:
cantos contos poemas e pomares.
Como borboleta
no bater asas
como desmorrer de bebê nascido
como se vivesse
o sonho da noite seguinte. E visse
tudo sim,
ainda que não sendo
uma menina no parquinho
– pititica dentro de vestido xadrez
e chuquinha no cabelo –
vai brincando
de como se imagina
ser feliz
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