quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Ode as plantas

São de flocos de amor
as pétalas das flores.
De felicidades
cores
cordéis
cordões e
corações bem amados
as fantasias colibri do pólen

São as cores:
os pingos de arco-íris
derretidos nas tardes quentes
que escorregam entre chuvas
e cílios de recém-nascidos

De minucias
e sementes sonhadas é
a vida das pessoas
e, ainda além,
a das flores

E melhor é:
o titilar do relógio
o acordar da manhã
e o canto dos canários.
Quando se é estampado
nos tecidos dos dias
as estampas primaveris

Maior é o amor
maior é o aroma
maior e a mais
a rosa;
quando em tarde arrebol
mistura seu cheiro
com a leveza do ar
e se pode confundir
se são os céus e os sons
sensações do mundo
ou relentos de calmaria
espalhados pela calçada.

Como o ipê
a desgarrar-se
de sua copa
nas tardes de outono


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