terça-feira, 6 de agosto de 2013

Jorge Luís Borges

A noite, o fervor, a lua.
A memória, as pradarias. A infâmia,
o espelho, a morte, o tempo.
As palavras dos livros
e os livros, a eternidade
(apagada pela cegueira
da alma e do sangue).
As bifurcações
dos jardins e labirintos de pedra,
das ruas ensanguentadas.
O eu em mim e no outro. O mito
vulnerável como areia,
como portas,
como espadas,
como noites, que são mil em uma só.
A esfera cristalina e a sombra
dos deuses, do Deus.
Uma lembrança que concatena a visão;
o barulho do touro e do homem.
Uma voz aprisionada na biblioteca

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